quinta-feira, 9 de abril de 2009

Memorial de Leitura

"Conforme postula Paulo freire, o aluno necessita ser preparado para tornar-se o sujeiro do ato de ler. Para tanto, é preciso que ele se torne apto a apreender a significação profunda dos textos com que se defronta, capacitando-se a reconstruí-los e a reinventá-los."
Ingedore G. Villaça Koch
Há um velho ditado que diz: "a educação vem de berço". Acredito que a leitura também, pois um grande leitor se faz logo nos primeiros anos de vida. Um livro deve ser visto como algo indispensável na vida de uma criança. Comigo não foi diferente, aprendi a conviver com eles desde muito pequena. Apesar dos meus pais terem frequentado pouco a escola, eles sempre nos ensinaram a amar os livros e as letras, pois queriam que tivéssemos melhor sorte que eles.
Sou a terceira filha dos meus pais, por isso aprendi muito com as minhas irmãs mais velhas, e das muitas coisas que aprendi, a leitura foi a melhor e mais importante. Elas liam muito e traziam livros infantis da biblioteca do colégio onde estudavam para eu ler.
No início da 5ª série, comecei a ler livros de aventuras, li vários da coleção "Vaga-lume".Quando comecei a ficar mocinha, meus interesses mudaram e com eles o tipo de leitura também, foi a época dos livros infanto-juvenis (com temas mais românticos) e a partir daí só me interessava por romances; alguns de literatura estrangeira, chamados por algumas de minhas professoras de português de literatura descartável, mas hoje considero que foram importantes para o desenvolvimento do meu hábito de leitura.
No ensino médio me apaixonei por Machado de Assis, paixão que persiste até hoje. Li muitos livros dele. Na mesma época, li muitos autores do Romantismo, como José de Alencar, Bernardo Guimarães, entre outros.
Houve também a época em que me interessei pelos livros de Paulo Coelho como "Brida" e "O Alquimista", hoje não faço mais este tipo de leitura.
Ultimamente tenho lido de tudo, principalmente livros da minha área, mas nunca dispenso um bom romance.
Nessa minha caminhada literária, decobri também Luís Fernando Verissimo e Jô Soares que são simplesmente maravilhosos!
Hoje, o grande desafio que o professor de Português enfrenta, em um mundo tão globalizado como o nosso, onde os jovens encontram vários interesses além dos livros, é fazer com que seus alunos leiam. Essa tarefa é difícil e só será realizada se ele conseguir seduzir e contagiar o aluno com sua própria experiência como leitor.

Memorial Profissional

Meu nome é Izete Esteves Vieira, nasci em um povoado chamado Taquaral, localizado no município de Itinga, Minas Gerais. Quando completei três anos de idade meus pais resolveram que seria melhor nos mudarmos para a cidade de Araçuaí, pois as minhas irmãs mais velhas já estavam com idade para estudar a 5ª série e no povoado havia apenas uma escola primária.
Meu pai foi um homem muito simples, mas imbuído de setimentos muito nobres, trazia dentro de si um enorme desejo de nos ver formadas e conquistando o nosso espaço na sociedade. Ele e minha mãe não mediram esforços para a realização desse sonho, que também nos contagiou, pois em minha casa, os estudos sempre vieram em primeiro lugar.
Estudei na Escola Estadual Leopoldo Pereira, na Escola Estadual Dom José de Haas e o ensino médio na Escola Municipal Luciana Teixeira. Sempre fui uma aluna muito esforçada, pois sabia que se quisesse realizar o meu sonho de fazer uma faculdade, deveria estudar bastante.
No de 1989 terminei o ensino médio e fui trabalhar como professora na zona rural, foi o meu primeiro contato com a sala de aula. Gostei muito da experiência e resolvi que faria faculdade na área de educação.
Por influência das minhas irmãs mais velhas, sempre gostei muito de ler e escrever, por isso decidi fazer Letras. Em 1992, passei no vestibular e comecei o curso de Letras na FENORD de Teófilo Otoni. Foi a melhor experiência de já vivi: a cidade, a faculdade, o curso e os amigos que fiz, tudo isso sempre fará parte de minhas lembranças mais agradáveis.
Quando terminei o curso, em 1996, voltei para a minha cidade e comecei a trabalhar como professora contratada. Passei por várias escolas, e em 2001, fiz o meu primeiro concurso público, passei e fui trabalhar no povoado onde nasci. Foi uma experiência gratificante para mim, pois fui professora dos filhos dos meus primos que ainda moram lá.
Em 2005, fiz o segundo concurso público e finalmente tornei-me professora efetiva no 2º cargo, trabalhando na Escola Estadual Dom José de Haas, onde estou até hoje.
Por razões pessoais, exonerei o meu primeiro cargo e hoje leciono apenas em uma escola estadual.
A minha trajetória profissional não termina por aqui, pois tenho a sensação de estar sempre começando . Tenho muitas coisas a realizar e muitos projetos para pôr em prática; por isso acredito que o Gestar II não é só uma grande oportunidade que estamos tendo de estudar, aprofundar os nossos conhecimentos, nos prepararmos para fazer de nossa sala de aula um grande laboratório de ensino da língua portuguesa, mas também de realizar sonhos.

LÍNGUA : PATRIMÔNIO CULTURAL

"A língua representa o mundo, fazendo ver o quadro de sua própria situação de comunicação."
Dominique Maingueneau

A língua é patrimônio cultural de um povo. Reconhecemos nações primeiramente pela língua que falam. É através dela que o homem vive em comunidade e transmite para o seu semelhante tudo aquilo que pensa, sente e deseja. Por isso é importante que nós , professres de língua portuguesa, tenhamos a preocupação de levar o aluno não apenas ao conhecimento superficial da língua, mas - sobretudo - ao desenvolvimento da capacidade de refletir de maneira crítica sobre os fenômenos linguísticos, para que ele possa desempenhar satisfatoriamente seu papel na comunidade em que vive.

segunda-feira, 6 de abril de 2009